Entenda por que as taxas dos títulos públicos de inflação estão altas

Nesta terça-feira (18), investidores se depararam com juros reais mais elevados entre os títulos públicos atrelados à inflação – conhecidos como Tesouro IPCA +.

As taxas de alguns títulos voltaram a se aproximar de patamares recordes, como foi o caso do Tesouro IPCA + 2040 que estava oferecendo retornos reais de 5,67% ao ano, sendo a maior taxa já oferecida por esse título desde que começou a ser negociado, em fevereiro de 2020. 

Confira na tabela abaixo os valores dos títulos públicos:

Segundo o estrategista-chefe da Davos, Mauro Morelli, a elevação dos juros reais, especialmente de papéis com prazo mais longo, está ligada ao aumento do risco-país, uma vez que as eleições estão se aproximando, o que causa uma série de incertezas e riscos. 

Outro motivo que pode ter impactado os juros são as discussões em torno de reajustes salariais de servidores federais, que tem levado o mercado a exigir cada vez mais prêmio. O preço do petróleo, que não para de subir em meio ao aumento das tensões geopolíticas, também é um dos motivos. 

Do lado internacional, os retornos mais elevados dos títulos públicos podem ser devido a declaração feita pelos dirigentes do Federal Reserve (Fed) de que os Estados Unidos estão cada vez mais próximos de aumentar seus juros.

Lucas Brigato, head de câmbio, socio e assessor da Ethimos Investimentos, diz que o aumento de juros nos EUA atrai mais investidores, mas isso não significa que necessariamente há aumento de risco aqui, uma vez que os títulos públicos tiveram seu aumento mais em consideração a fatores domésticos do que ao cenário lá fora. 

Para Camilla Dolle, head de Renda Fixa da XP, devemos enxergar boa volatilidade no Tesouro Direto em 2022, uma vez que o contexto pode trazer oportunidades dentro de vários tipos de títulos públicos. 

Vale a pena investir no Tesouro Direto?

Quanto a investir nesses títulos, Rodrigo Marcantti, CEO da Veedha Investimentos, afirma que sim, pois eles continuam protegendo o investidor de surpresas inflacionárias. Além disso, a expectativa é de que quanto mais rápido o Banco Central elevar a Selic e controlar a inflação, mais rápido deve começar o novo ciclo de corte de juros – o que deve trazer menos pressão para as curvas longas.

Assim, o investidor que adquiriu os títulos públicos a taxas mais altas poderia tentar vendê-los e conseguir ganhos de capital, já que a tendência é que as taxas voltem a cair. Entretanto, para Morelli, é um momento de ter cautela e optar pela parte curta e intermediária dos títulos porque os juros estão atrativos e não há tanta exposição ao risco.

Como investir nos Títulos Públicos

É simples! Basta fazer um cadastro no próprio site do programa e, em seguida, transferir o valor que deseja investir. Outra opção é adquirir os títulos por meio de uma corretora, mas é necessário ter conta em uma das empresas.

Entre os títulos disponíveis para investimento, existe:

  • Tesouro Selic – Tem seu rendimento atrelado a taxa Selic, sendo assim, quando a taxa sobe, o valor deste título também sobe.
  • Tesouro IPCA – Está vinculado ao IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo), o índice que mede a inflação, e sua variação em sentido contrário a taxa Selic.
  • Tesouro pré-fixado – Possui um rendimento fixo, acertado no momento da compra, ou seja, os juros a receber são aqueles em voga no momento da aquisição.

Cada um dos títulos possui diversas opções de prazos e valores, portanto, é recomendado avaliar seu perfil investidor e consultar um assessor de investimentos para solucionar dúvidas e analisar qual se encaixa melhor em sua carteira de investimentos.

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