Como investir de forma inteligente

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Primeiramente, o tema “como investir de forma inteligente” tem se tornado cada vez mais presente na mídia, nas propagandas e principalmente nas conversas entre amigos. Falar de investimento virou moda e todos tem uma fórmula ou uma receita e contam “aquela vantagem”. Portanto, a gente se depara com todo tipo de informação e opinião, mas é importante se perguntar: Será que isso se encaixa para mim e para os meus projetos de vida?

Nessa hora é bom ter um assessor de investimentos para te auxiliar e analisar todas as variáveis que impactam a carteira de investimentos. O papel dele é fazer uma análise detalhada da sua relação com seu dinheiro, seu perfil e projetos de vida, apresentar aqueles investimentos que mais se adequam e acompanhar o desenvolvimento e evolução dessa carteira.

Abaixo você verá dicas importantes de como investir de forma inteligente, considerando uma série de fatores que são fundamentais para elaborar a estratégia com seu dinheiro e não cair em cilada!

Dicas de como Investir de forma Inteligente

Todos temos planos para usar o dinheiro que recebemos e guardamos e sempre nos perguntamos como investir de forma inteligente. Seja para comprar um imóvel, estudar, viajar, ter filhos, aposentar… enfim, são necessidades, desejos e sonhos que podem ser para agora, para daqui a alguns anos ou lá para frente. Podem requerer pouco ou muito dinheiro e ter maior ou menor grau de importância.

Sendo assim, investir de forma inteligente é organizar esses planos num processo racional de planejamento financeiro, administrando sua renda e despesas e otimizando a aplicação dos recursos de forma mais adequada ao seu perfil e aos seus objetivos. E é justamente sobre como aplicar bem os recursos, que vamos falar agora. Seu plano agora vai virar um projeto!

Mas, antes de irmos para prática, um detalhe muito importante. O orçamento doméstico precisa estar em dia! É necessário gastar menos do que você ganha para que haja recursos disponíveis para investir. Parece bobo, mas esse primeiro passo é o mais difícil e o que impossibilita todo o resto. Ficar todo mês no zero a zero com seu dinheiro, ou pior, ficar no vermelho, faz com que seus sonhos fiquem cada vez mais distantes.

Então, vamos aos fatores que são fundamentais para investir de forma inteligente.

Fatores fundamentais para investir de forma inteligente

Projetos

Uma hora você vai usar o dinheiro que está guardando. Já pensou no que pretende utilizar? Ter um objetivo para seus investimentos irá servir de base para as análises e decisões seguintes por uma simples razão: o tipo de investimento muda conforme o projeto.

Tempo

Separe seus objetivos em prazos diferentes: curto, médio e longo prazo. Esses prazos devem ser viáveis diante dos objetivos propostos. Não dá para comprar uma casa à vista daqui um ano se você não conseguir acumular o suficiente.

Então, para organizar esse padrão de tempo, considere o curto prazo até dois anos, o médio prazo de dois a cinco anos e o longo prazo para mais de cinco anos. Essa divisão facilita o direcionamento dos recursos e o tipo de investimento.

Importância/Emergência

É fundamental reservar uma parte dos investimentos para cobrir imprevistos. Isso tem um nome: Reserva de Emergência. Ela é fundamental para manter a organização do orçamento e não deteriorar o processo de acúmulo de riqueza. Essa reserva entra no grupo do curto prazo já que não sabemos quando os imprevistos vão ocorrer. Se você quer saber como investir de forma inteligente, saiba que ter uma reserva de emergência é uma dessas formas.

Existe muita dúvida sobre quanto reservar para isso e de que forma. E como tudo que envolve o planejamento financeiro, esse montante também é ajustado de forma individual. Exemplo: Se você é assalariado via CLT e já está no mesmo emprego há bastante tempo, sua reserva de emergência tende a ser menor apenas para atender algo imprevisto, como: acionar o seguro do carro, comprar um medicamento mais custoso ou um pequeno reparo na casa. Caso fique desempregado, a verba rescisória e o FGTS servirão como um bom complemento para a manutenção do seu orçamento por mais tempo. Mas, se você é autônomo, sua reserva de emergência tende a ser maior para cobrir um período ou volume maior de despesas, já que não há nenhum amparo adicional. Então, some aos imprevistos uma quantidade entre 6 a 12 meses de despesas para dar tranquilidade e não interromper projetos futuros.

Separar os planos sob seu grau de importância permite identificar o quanto de esforço irá dedicar para atender a cada um de seus projetos. É natural que haja mais foco naqueles projetos mais importantes, independente do prazo onde eles estejam. Então, dentro do grupamento dos prazos, inclua o grau de importância nos projetos.

Volume

Cada projeto vai consumir uma parte do que você tem acumulado. Portanto, é natural que projetos que demandem um volume maior de recursos estejam nos prazos mais longos, para dar tempo de obter o montante necessário para conquista-los.

A programação do volume a ser reservado e para onde ele tem que ser destinado é um trabalho que exige regularidade e esforço. É preciso ter um motivo bem relevante para descumprir a rotina de aportes, pois um mês que você deixa de fora pode atrapalhar bastante o resultado final. Não se culpe se isso acontecer, mas fique atento à regularidade!

Manter o hábito só é possível se você considerar os investimentos como uma conta fixa e já direcionar os recursos. Normalmente, quando se deixa para investir com o que sobra do mês, raramente sobra e, se sobra, o montante é sempre menor do que o previsto.

Rentabilidade

Aqui é onde estão as maiores ciladas… de certa forma, tempo e capacidade de aporte estão nas nossas mãos e conforme for, você antecipa ou adia seus projetos. Mas a rentabilidade é algo que foge do nosso controle. Com o cenário atual de juros e inflação bem baixos, a vida do investidor mais conservador ficou menos fácil e obter bons ganhos de forma mais conservadora ficou menos óbvio. Foi-se o tempo de juros na casa de 15%, 20% ao ano e dobrar de patrimônio em 4 a 5 anos, sem esforço e sem risco. Com juros a 2%, precisamos de 35 anos para dobrar o valor do patrimônio!

Basicamente, existem 4 formas de mensurar a rentabilidade:

Juros/CDI

Rentabilidade relativa à taxa básica de juros, expressa em percentual, ao ano. Em setembro de 2020 essa taxa básica (CDI) era aproximadamente 2% a.a. Então, se tenho algo que me remunera em 150% do CDI, na verdade ele me rentabiliza 3% a.a. Portanto, para um investidor, quanto maior os juros, melhor. 

A cada 45 dias, o Conselho de Política Monetária, o COPOM, se reúne para definir se mantém, aumenta, ou diminui a taxa de juros. Em virtude desse processo ocorrer desta forma e as alterações não serem elevadas, existe uma certa linearidade de ganho e menos oscilação. É o tipo de rentabilidade com perfil mais conservador.

Inflação/IPCA

Rentabilidade atrelada ao índice de inflação, normalmente expressa num percentual adicional ao índice de inflação. Hoje a inflação está aproximadamente em 3% a.a. Então, se temos algo que nos remunera em IPCA+4%, na verdade, o ganho será de 7%.

Diferente dos juros, inflação é mais volátil, portanto, menos imprevisível com relação ao resultado final.

Prefixado

É o mais simples de todos. A rentabilidade já é predefinida e expressa num percentual ao ano. Aconteça o que acontecer, ela não se altera. Exemplo: 6% ao ano.

Sendo assim, aqui é a única situação onde temos a ideia exata de retorno. Se prometerem algum retorno em algo que não seja prefixado, desconfie. Não dá para prometer aquilo que não se pode cumprir!

De onde sai essa taxa prefixada, então?

Tanto para definir a parte prefixada que vai junto com a remuneração pelo IPCA, quanto para a remuneração prefixada em si, a análise se dá através da projeção de juros para uma data futura.

Se a projeção indicar um cenário de maior risco, isso indica uma elevação da taxa de juros e é natural que isso se traduza numa necessidade maior de retorno. Então, as taxas prefixadas são precificadas num nível mais elevado.

Se a projeção for inversa, um cenário de menor risco exige menor remuneração. Portanto, a parte prefixada da rentabilidade tem seu valor reduzido.

Valor de mercado

É quando ocorre uma definição de valor baseado na percepção de preço que o mercado (compradores e vendedores) define para um ativo. Isso ocorre na nossa vida sem a gente perceber. Se o pão está caro, você vai para outra padaria, ou tenta negociar um desconto. Igualmente na loja de sapato… na compra da casa, do carro. E na hora de vender um bem, você também procura negociar. Nos investimentos baseados em valor de mercado, também. É a lei da oferta e da demanda, atrelada a inúmeras outras variáveis de mercado, que vão definir o valor daquele ativo e seu preço. É o caso das ações e fundos imobiliários, onde compradores e vendedores proporcionam a variação de preço característica desses ativos.

São investimentos mais voláteis, portanto, dão uma sensação bem mais intensa de ganhos e perdas.

Perfil

Nem todos os perfis de investidores estão preparados para sentir a sensação de sobe e desce com os investimentos. Os mais conservadores preferem ter um ganho mais linear, mesmo que ele seja mais limitado, até aceitam um mínimo de oscilação, mas que não gere perda.

Os moderados aceitam mais oscilação desde que o impacto na carteira toda seja limitado e sabe que perdas pontuais são possíveis de acontecer. Por outro lado, os agressivos buscam alta performance sabendo que quanto mais para cima ele olhar para ganhos, mais para cima ele olha para oscilação também.

Risco

Todo mundo tem medo de perder dinheiro e a palavra risco acaba sendo usada de forma mais genérica e ampla. Mas, no mundo dos investimentos existem 3 tipos de riscos. Você sabia?

Risco de Mercado

Condições diversas que geram impacto em seu investimento. Podem ser fatores globais que envolvem uma proporção maior de ativos, por exemplo: valor do dólar, juros, guerras ou acordos comerciais entre blocos econômicos. Ou fatores mais específicos ou setoriais, que impactam um grupo menor de investimentos.

Risco de crédito

Risco que envolve a inadimplência daquele que você emprestou seu dinheiro. Seja para um amigo, governo, empresa ou banco. Diferente do risco de mercado que gera oscilação, mas raramente traz um ativo para o zero, o risco de crédito pode causar esse prejuízo.

Risco de liquidez

É quando você quer vender algo e não acha quem quer comprar pelo preço que você está oferecendo. Você fica travado com o produto/bem e se sente obrigado a reduzir seu lucro para conseguir vender. Com alguns investimentos isso também acontece e é bom ficar atento para não ficar com um “mico” na mão.

Consequentemente, o segredo para estruturar uma carteira de investimentos totalmente adequada é equilibrar todos esses fatores (projetos, tempo, capacidade de aporte, rentabilidade, risco e perfil) e, de maneira única e feita exclusivamente para você, executar o seu projeto.

Por último, é natural que ocorram mudanças no meio do caminho e seus investimentos precisem se ajustar ao novo ambiente. Isso é normal e o acompanhamento é fundamental para aproveitar as oportunidades e direcionar os recursos de forma mais adequada a um cenário novo.

O tipo do investimento em si será uma consequência da união desses fatores. Após o planejamento você definirá um tipo: título público, um fundo ou uma ação.

Então, primeiro faça essa análise para saber como investir de forma inteligente e depois veja quais investimentos se encaixam e não ao contrário. Para saber mais veja este link.

Texto escrito por: Lucas Brigato – Head de Câmbio e assessor de investimentos em Ethimos Investimentos.

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