Com quase um mês de conflito entre Ucrânia e Rússia, os efeitos já podem ser vistos no Brasil. Alguns exemplos são a inflação 2022 e os preços nos mercados, padarias e postos de gasolina.
A alta dos combustíveis é apenas um dos reflexos que se espalham por diversos produtos ligados à commodities. Como é o caso do trigo (matéria-prima do pão), milho e outros itens que serão atingidos indiretamente pelo preço do petróleo.
Em 2021, a economia brasileira registrou alta de 0,5% no quarto trimestre do mesmo ano. O crescimento deu força para que o PIB subisse 4,6% no ano passado e anulasse as perdas geradas pela pandemia.
Com esse bom desempenho, uma série de revisões foram feitas para a economia de 2022. No entanto, o prolongamento da guerra na Ucrânia fez com que isso mudasse. Segundo especialistas da Ethimos Investimentos, haverá uma estagnação da economia deste ano.
Além disso, há o risco de quebra das cadeias de produção globais e a desorganização das rotas de transporte devido ao conflito na Ucrânia. “As projeções coletadas pelos analistas de mercado indicam revisão negativa da atividade para as principais economias globais”, informou o Ministério da Economia no Boletim Macro Fiscal, divulgada na quinta-feira, 17.
De acordo com um levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), houve uma queda de 1 ponto percentual do PIB global em reflexo da guerra.
Embora a Rússia e a Ucrânia tenham pouca relevância na formulação do PIB global, o papel deles na oferta de commodities faz com que o conflito reverbere em regiões que são referências econômicas, como o bloco europeu, por exemplo.
A Ucrânia é uma das líderes mundiais na produção de trigo e milho. Com a disparada no preço internacional, algumas padarias no Brasil passaram a comercializar o quilo do pão em R$ 21.
A tonelada subiu 26% desde o início do confronto, custando US$ 362. No meio do conflito, houve um pico de US$ 422. Apesar de a maior parte do trigo brasileiro venha da Argentina, a valorização do preço impacta em todo o mercado global. Assim como o cereal que é usado na ração de animais e a cotação do bushel, que aumentou 8%.
Segundo assessores de investimentos da Ethimos, a principal causa no aumento dos preços é a inflação 2022. Um exemplo é a alta nos combustíveis, que já encostam em R$ 8 nas bombas.
A grande dependência brasileira do transporte terrestre fará com que esse aumento impacte praticamente tudo o que é movido em um caminhão. Isso deve trazer pressão para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que em fevereiro bateu 1,01% e foi a 10,54% no acumulado de 12 meses, sem ainda contar fator guerra.
O PIB baixo é um reflexo de uma economia que cresce pouco ou encolhe. Para o brasileiro, esse cenário se mostra na queda do poder de compra, aumento do desemprego, exclusão de oportunidades, entre outros campos.
“O choque de oferta decorrente do conflito tem o potencial de exacerbar as pressões inflacionárias que já vinham se acumulando tanto em economias emergentes, quanto em avançadas”, destacam os diretores do Banco Central.
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