Por que os preços dos combustíveis não param de subir?

Você já deve ter se perguntado o porquê os preços dos combustíveis não param de subir. Certo? Neste artigo, você entenderá o motivo e descobrirá como isso afeta o seu bolso e quais são os melhores investimentos para esse cenário. 

Boa leitura!

Aumento nos preços da gasolina e do diesel

A Petrobras anunciou hoje (17), uma nova alta nos preços dos combustíveis para as distribuidoras a partir deste sábado (18). 

O diesel não tinha seu preço reajustado desde 10 de maio – há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina foi há 99 dias, em 11 de março. 

Com esse reajuste, o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passa a ser de R$ 4,06 por litro, uma alta de 5,18%. Para o diesel, o preço médio da venda será de R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).

Continue a leitura para entender os motivos dessa alta. 

Como funciona a política de preços da Petrobras?

Em 2016, com a entrada de Michel Temer como presidente e de Pedro Parente no comando da Petrobras, a companhia mudou a estratégia e alterou sua política de preços de derivados. 

Com o foco de reduzir a dívida e focar na exploração do pré-sal, a Petrobras passou a seguir os Preços por Paridade Internacional (PPI).  

Assim, as refinarias da petroleira passaram a vender para as empresas distribuidoras os derivados como diesel, gasolina e gás liquefeito a um preço paralelo ao do mercado internacional. 

Esses preços sofrem uma grande influência da cotação do dólar e do barril de petróleo.

Em momentos de tensões políticas como a atual, onde há ameaças de suspensão de compra de petróleo russo, guerra e eleições, vemos o preço da commodity disparar. 

Como são formados os preços dos combustíveis?

Antes de falarmos sobre o por que os preços não param de subir, precisamos entender como são formados os preços da gasolina e do diesel. 

Existem diversos pontos que influenciam no preço dos combustíveis que chega ao consumidor, veja: 

Composição de preços da Gasolina

Realização Petrobras38,8%
Imposto estadual24,1%
Distribuição e revenda14,3%
Custo do etanol anidro13,2%
Impostos federais9,5%
Fonte: Petrobras com dados da ANP e CEPEA/USP

Composição de preços do Diesel

Realização Petrobras63,2%
Distribuição e revenda14,7%
Imposto estadual11,7%
Custo do biodiesel10,4%
Impostos federais0%
Fonte: Petrobras com dados da ANP e CEPEA/USP

Preço do petróleo

A principal pressão nos valores dos combustíveis vem dos preços internacionais do petróleo. 

Durante a pandemia da Covid-19, o preço do barril caiu. No entanto, com a abertura das atividades comerciais, entrou em uma crescente. 

Junto a isso, também tem o impacto da alta do dólar – moeda em que a commodity é cotada. 

Todos esses fatores contribuem para que o preço pese no bolso do consumidor.

Por que o combustível está tão caro em 2022?

Os combustíveis estão caros pois a indústria do petróleo é muito volátil e está sujeita a diversos fatores que envolvem riscos.

Segundo o especialista da Ethimos Investimentos, Hugo Martinolli, a pandemia provocou uma situação de queda na demanda por petróleo, o que causou uma cotação negativa para a commoditie durante a pandemia.

No entanto, com a volta à normalidade, a oferta de petróleo não acompanhou a demanda e, por isso, houve uma tendência de alta.   

Além disso, segundo a Petrobras, o mundo está em um ambiente de incerteza e com o aumento da demanda por combustíveis a oferta é impactada.

Ainda de acordo com a estatal, é importante que os preços no Brasil estejam alinhados com o mercado global para assegurar a normalidade no abastecimento e diminuir os riscos de falta de petróleo. 

O Brasil importa entre 20% a 25% do diesel que consome e nos últimos meses houve um temor de que os importadores não conseguiriam comprar o produto a preços competitivos para revendê-los no mercado interno. 

Distribuidoras, como a Ipiranga, chegaram a limitar a venda do diesel.

Qual o motivo do aumento dos preços dos combustíveis?

Mesmo com os reajustes da Petrobras, a Abicom afirma que ainda há uma defasagem de mais ou menos 25% no preço vendido pela estatal – o que prejudica a concorrência. 

A defasagem também foi apontada por analistas que disseram que para um melhor retorno aos acionistas, a empresa deveria aumentar os preços atuais. 

Por que os preços dos combustíveis estão subindo tanto?

Em 2021, foram realizados treze reajustes no valor dos combustíveis e, nesse ano, já somam três para a gasolina e quatro para o diesel. 

E por que ainda não parou de aumentar?

O grande motivo para essas altas é a defasagem do preço em relação ao do mercado internacional

Segundo a Associação Brasileira de Importadores e Combustíveis (Abicom), a gasolina está defasada em 18% e o diesel em 14%.

Embora os países estejam com aperto monetário com a elevação dos juros para controlar a inflação, o mercado vinha diminuindo seus investimentos no petróleo devido a aspectos ambientais.

Além disso, a guerra no Leste Europeu adiantou o cenário de aperto na oferta do mercado. Também havia uma expectativa de retomada da atividade chinesa, o que adicionou mais pressão à demanda pelo petróleo.  

Todos os países estavam contra a produção de energia suja, o que fez com que houvesse uma diminuição da produção de petróleo no mundo todo. 

Como a estatal segue uma política de preços do mercado internacional, a alta nos barris e as flutuações do câmbio impactam diretamente o Brasil. 

O reajuste nos preços diminui a defasagem com os preços internacionais, o que é positivo para as finanças da petroleira. 

Em nota, a Petrobras afirmou que o mercado global de energia está em uma situação desafiadora devido à recuperação econômica mundial e a guerra na Ucrânia. 

Compreendemos os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos e estamos buscando formas de equilibrar os preços com o mercado global, sem repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio”, aponta a petroleira.  

De quem é a culpa do aumento dos preços dos combustíveis?

De um lado está o governo federal, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, que considera a culpa pelo alto preço dos combustíveis é da Petrobras.

Por outro lado, a petroleira segue a política de preços adotada em 2016 pelo ex-presidente Michel Temer de manter os interesses dos seus acionistas.

No entanto, é importante destacar que diversos fatores devem ser considerados para a definição do preço final que o consumidor vai pagar. Como a cotação do dólar, o preço do petróleo no mercado internacional, o lucro das empresas e os impostos.

Melhores investimentos com a alta dos combustíveis 

Para te ajudar a decidir qual o melhor caminho para o seu dinheiro, separamos algumas opções de investimentos. Acompanhe:

Ativos atrelados à inflação

Esses investimentos são, em sua maioria, de Renda Fixa, mas permitem que o capital aplicado replique o desempenho do seu indexador. 

Dentre os investimentos atrelados à inflação, temos as debêntures, LCA/LCI, Tesouro IPCA e ETFs. 

Exposição à moeda estrangeira 

A inflação está presente em diversos países, como nos Estados Unidos que tem aumentado sua taxa de juros.

Sendo assim, os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) são certificados de depósito que representam a ação de uma empresa estrangeira. Dessa forma, você garante o ganho de capital com a valorização do ativo e os dividendos. 

Bolsa de Valores

Na Bolsa de Valores existem diversas opções de investimentos e vale a pena pesquisar qual é a mais vantajosa para os seus interesses e objetivos.

De acordo com Bocuzzi, a grande diferença entre renda variável e fixa são os ganhos que, na primeira, são mais difíceis de prever. “O melhor investimento para você irá depender dos seus objetivos, pois algumas aplicações podem ser mais vantajosas que outras”, afirmou. 

Se você precisa de ajuda para definir quais são os melhores investimentos para a sua carteira este ano, fale agora mesmo com um assessor de Investimentos! Ele irá te auxiliar da melhor forma para que você alcance o sucesso financeiro que merece. 

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